Ola meus queridos! Sejam todos muito bem vindos, e sintam-se a vontade para entrar nesta luta contra estes crimes bárbaros que aterroriza nossas crianças e adolescentes.

Sarou, mais ainda dói muito...

Sou Daiane! A menina que aos sete anos de idade começara um pesadelo que seria eterno... O homem que deveria estar ali para mim proteger instruir e educar ... Ou seja, ele deveria ser o meu herói. Mais eu estava enganada, ele foi o maior vilão do pior de todos os meus pesadelos... Este homem é simplesmente o meu pai.

Venho de uma família simples, católica, pessoas honesta de boa índole, três irmãs maravilhosas e quatro irmãos super ciumentos rssrs... Éramos todos pequeninos mais aprendemos cedo a respeitar um o outro, o significado das palavras: lealdade, honestidade, respeito e praticávamos isso muito bem.
Sou a mais velha entre os sete, porém! Sempre fui muito mimada, pelo fato de que desde pequenina, ter passado por vários problemas de saúde, vários internamentos etc.

Mais isso não impediu que o pior acontecesse comigo ser abusada sexual menti por meu pai, com apenas sete anos de idade, todo o carinho que meus irmãos e minha mãe tinham por mim, não deixaram que eles visassem a forma estranha que meu pai olhava pra mim.

Por que eles não desconfiaram quando eu não queria dormir sozinha? Por que eles não desconfiaram quando eu ficava feliz quando meu pai viajava? E triste quando ele voltava? Por que eles não desconfiavam quando eu tremia só por ele estar perto e não aceitava o seu abraço?

Fui constantemente ameaçada a não contar pra ninguém, sempre dizia que: se eu contasse iria morar nas ruas como uma mendiga, que iria perder toda minha família, que ninguém jamais acreditaria em mim.
E eu? Eu tinha medo de destruir minha família, de que ninguém mim aceitasse, de ser expulsa de casa, na verdade eu nunca imaginara que isso acontecia com outras crianças, não sabia que se eu o contasse seria preso, tinha vergonha de falar sobre isso.

Até por que minha mãe nunca foi de sentar comigo ou com minhas irmãs para conversar, não sabia se poderia confiar nela, então não contava pra ninguém para que isso não chegasse até ela.
Fui crescendo e o abuso se tornava cada vez mais constante e as ameaças continuavam... Mais até então ele não havia tentado uma penetração, que era o meu maior medo.

Quando certo dia que ele voltou de viagem abrasou meus irmãos, todos muito saudosos, veio para mim abrasar e sussurrou baixinho no meu ouvido: "vai ser hoje" fiquei apavorada, tinha apenas doze anos, mas já imaginava que não seria nada bom!
Dias depois eu já não conseguia mais esconder minha ira por este homem, tinha nojo dele e de mim mesma, não suportava mais ficar no mesmo local que ele estava, deixei de ir pra igreja em que fui criada.

Foi quando certa tarde saindo da escola meu líder do grupo de adolescentes na igreja em que fazia parte mim chamou para uma conversa, mim perguntava o porquê da minha mudança de comportamento.

Quase desabafava com ele, mim senti tão segura naquele momento, ele mim transmitir tanta confiança mais logo depois ele veio com um assunto estranho.
Dizia saber que eu estava com um namorado bem mais velho, que conhecia e tinha que contar pros meus pais, enlouqueci, era tudo mentira nunca havia tido namorado, mais também sabia que meus pais poderiam acreditar na hora, sem se quer ouvir-me antes.

Fiquei nervosa, tentei explicar que ele estava enganado, foi ai que ele veio com o papo de que "eu acredito em você" e mim abraçou, mais senti um abraço estranho...
Ai já foi mim acariciando, senti muita maldade naqueles carinhos todos, e comecei a gritar pedir por socorro mais ninguém mim ouvia ele era muito irônico, mim sufocava, ameaçou bater-me, se contasse pra alguém.

Estava disposta a sair dali e contar tudo pra todo mundo, mais ele dizia saber de um grande segredo meu que iria contar pra todo mundo e o bairro todo iria saber, confesso que sentir medo, e se ele realmente soubesse do meu pai? Mais uma vez fraquejei.
agora a raiva que carregava no peito era maior que tudo já não conversava, não dormia, não confiava em mais ninguém, na verdade minha vontade só era de sumir, morrer, nada mais fazia sentido.

Com quinze anos de idade conheci o rapaz por quem mim apaixonei, estava muito carente e depressiva, e ele estava ali no momento certo, começamos uma historia muito bonita.
Quem não gostou dessa historia foi meu pai ele até tentou interferir, mais não poderia fazer nada, pois eu gostava muito dele, e estava disposta a tudo pra ficar com ele, até fugiria de casa se fosse preciso.

Mais não foi necessário, pois agora tinha o apoio da minha mãe e minhas avós, pouco tempo se passou e estava casado, com ele e com um filho nos braços, o amor que sentia por ele era cada vez maior, confiava muito nele, apesar de certos deslizes que ele cometia no casamento.
Meu pai? Ele nunca mais se meteu comigo, acho que ficou com medo, por meu marido ser grande e forte, ele sabia que eu já não estava mais sozinha.

Certo dia no meio de uma de nossas brigas, ele jogou na minha cara que quando casou comigo eu já não era mais virgem, mais que assumiu toda culpa pra minha família que é bem conservadora.
Naquele momento percebi que já não poderia mais guardar este segredo sozinha, tinha que dividir com alguém e tinha que ser ele no início ele mim deu todo apoio e mim prometeu guardar este segredo mais se eu resolvesse falar para todos estaria do meu lado.

Mais ainda assim eu não mim senti à-vontade pra eu expor, uma barreira mim impedia, o medo das pessoas a vergonha da sociedade o escândalo, não eu não suportaria isso tudo.

A calmaria acabou! Meu marido que tanto o amava mudou muito, mim traia constantemente, passava noites e noites fora de casa, e quando chegava estava sempre embriagado, ameaçando me bater, e contar pra todo mundo que eu era uma vagabunda, que até meu pai mim pegou isso mim machucava muito, mais se eu voltasse pra casa de meu pai seria bem pior.

Foi dias e dias assim, um verdadeiro inferno, até que chegou o dia em que ele cumpriu o que prometia chegando em casa totalmente embriagado mim agrediu fisicamente e moralmente em seguida manteve relação sexual contra a minha vontade.
Meu mundo caiu naquele momento já não tinha outra alternativa pois agora a ameaça que ele mim fazia já era de morte mais eu não poderia morrer de forma alguma pois tinha um bebê que dependia de mim, mais tinha que sair dali urgente.

No dia seguinte estava de volta à casa de meus pais minha mãe e meus irmãos ficaram indignados com tudo, mais meu pai... Este só fazia rir, mais sentiu que voltei mais forte e ele não poderia mais se ousar comigo.

Hoje tenho vinte e cinco anos, não tive sorte em meus relacionamentos, continuo morando com minha mãe e o homem que matou todos os meus sonhos, ale já não tenta mais nada contra mim, pois ele sabe que apesar de eu não ter denunciado na época, se acontecer hoje eu não pensaria duas vezes.

Ele sente a minha ira contra ele, mais não mim diz nada, as vezes até percebo algumas atitudes dele tentando se desculpar mais de nada adianta, só consigo sentir nojo dele. Mais nada.
há tempos em que passo por de preção, tenho vontades de mim isolar do mundo, de morrer. Mais meu filho é a razão por eu ainda não ter cometido uma grande besteira, ele não é apenas meu filho e sim um grande amigo que sente de longe quando não estou bem.

Sei que não fui à primeira criança e nem a ultima a ter uma triste historia para contar, varias Titas passam por isso todos os dias, e por isto criei este blog, para um dialogo onde poderemos nos entender melhor, desabafar sem precisar se identificar.
E principalmente, combater de frente este tipo de crime brutal e covarde, contra crianças indefesas que eram pra ser protegidas. Vamos usar a nossa triste experiência para salvar outras vítimas. E por estes covardes na cadeia.

Por que esta dor o tempo não apaga, pode até sarar mais continua doendo.

“Tita Cicatriz.”


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

3 comentários:

  1. ficaremos atentos aos gritos silenciosos de nossas crianças.

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  2. "Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança."

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  3. a criança pede por socorro mas é um socorro silencioso , devemos estar atentos aos sinais de que algo esta acontecendo, para que possamos socorre-las , rápido antes que seja tarde, elas podem estar em perigo bem diante dos nossos olhos, mas não podem nos contar, por medo, vergonha ou até mesmo ameaça, mesmo assim ela grita´pede implora, clama, chora, sussurra " por favor mim ajuda" se ela não for ouvida a tempo as conseqüências podem ser devastadoras matando todos os seus sonhos, denuncie 100 e diga não a pedofilia

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